Após 8 longos meses de negociações, envios de amostras, muito trabalho comercial e dedicação, no próximo dia 7 de Fevereiro a primeira palete de vinho, dos nossos parceiros Quinta da Carregosa, iniciará a sua viagem com destino aos EUA, esse mercado que tem tanto de exigente como de apetecível. Através da mediação da Vinixá, foi possível encontrar um importador, motivado para comercializar vinhos portugueses, aquele que já consideramos um bom amigo, Michael Grisley, e assim tentar dar a este nosso parceiro a possibilidade de internacionalização que os seus vinhos merecem.
Em jeito de balanço, podemos dizer que foi um “parto” difícil, por vários motivos. Em primeiro lugar, deparamos com uma legislação dos Estados Unidos extremamente rígida e pouco permissiva a produtos externos, que penaliza os nossos vinhos com taxas extremamente altas, fazendo com que sofram uma inflação no seu preço, diminuindo assim a sua capacidade de concorrer com outros vinhos de outros países produtores. Para além disso, poderemos dizer, que nos deparamos com algumas dificuldades também na forma de abordar este mercado, nomeadamente na adaptação dos métodos de produção e logística, que efectivamente não são os melhores entre grande parte dos nossos produtores. Na verdade, e como sempre ouvimos dizer, “time is money”, e para os norte-americanos este é um lema de vida, no que diz respeito a negócios. Quando um importador tem capacidade financeira, e pretende um produto, acaba por conseguir o que quer, onde quer, e mais importante ainda no período de tempo que quer! E é aqui que os produtores portugueses têm de melhorar a sua performance. Habituados a lidar com um mercado nacional, em que estão muito dependentes da velocidade imposta pelos canais de distribuição, não conseguem ter consciência de que hoje em dia para se atingir os mercados internacionais, temos de nos apetrechar de forma adequada para responder à tal “velocidade” e à logística que estes mercados exigem de nós.
Claro que a vida é em si própria feita de lições, que nos trazem experiência, que devemos guardar e que nos deve servir de guia para o futuro. E o futuro dos vinhos Portugueses é sem dúvida a internacionalização, uma vez que todos os dias verifico que mais pessoas têm curiosidade em conhecer, provar e adquirir aquilo que os críticos e apreciadores apelam de “The New Big Thing”. Aproveitemos pois este ensejo único, e espalhemos a qualidade dos nossos vinhos, assim como a imagem do nosso País, que sabemos ser único, fantástico, e cheio de produtos e gente boa!
A Vinixá tem mais alguns projectos em curso, muitas amostras em possíveis importadores desde os EUA até Hong-Kong, e por isso mesmo faremos sem dúvida a nossa parte nesta grande cruzada… desafiamos outros a seguirem o nosso exemplo!
Sem comentários:
Enviar um comentário