sábado, 31 de outubro de 2009

EWBC - 1º Dia


Conforme prometido, cá estou a actualizar o blogue com as últimas da EWBC. A equipa da Vinixá tem estado a ajudar na recepção dos participantes, mas também assistindo aos diversos eventos que vão acontecendo. A recepção dos participantes aconteceu entre as 12 e as 17 horas. Pouco depois das 17 horas, Ryan Opaz da Catavino, e um dos organizadores do evento, abriu a conferência. Foi um discurso bastante informal, como é habitual no Ryan, mas que colocou a boa disposição entre todos, desinibindo o clima da sala. 

De seguida ocorreu o 1º evento. Uma apresentação a cargo da Vinoble, salão realizado todos os anos na zona de Jerez, que nos trouxe 4 vinhos espanhóis e 4 portugueses. Todos estes vinhos têm como estilo principal a sua doçura, sendo considerados primáriamente vinhos de sobremesa. Provaram-se 2 "amontillados", 1 "palo cortado", e um PX. Os amontillados revelaram-se surpreendentes pela dicotomia entre a sua doçura e um certo "sal" que se revela no palato. Vinhos no mínimo diferentes e que requerem por parte do aprecador uma certa adaptação, na minha opinião obviamente. O "palo cortado" revelou-se com uma cor estupenda, acobreada, aroma a mel, frutos secos, embora fosse menos entusiasmante no palato. Seguiu-se um vinho que conheço muito bem, o Porto Quevedo Colheita 1994, estupendo como sempre, com uma cor ainda bastante rubi, acastanhado, aroma a frutos secos, e na boca muita fruta, compota e um excelente toque de madeira. Um belíssimo vinho, para os verdadeiros apreciadores de colheitas. De seguida provamos um Moscatel Roxo da Bacalhôa, que mostrou ser um excelente exemplo desta casta, exclusivamente portuguesa, e de caracteristicas unicas. Logo a seguir provamos aquele que quanto a mim foi um dos melhores desta prova, um Madeira Justino 1985, cor verdadeiramente espectacular, um castanho dourado a mostrar de forma inequívoca a idade. Aroma a especiarias, chá, e na boca uma doçura muito acentuada, mas com uma excelente acidez. Um vinho único e que me provocou excelentes emoções.  O 7º vinho foi um Sandeman Vintage 2007, de cor fechada, opaco, a deixar uma marca indelével no copo, aroma a muita fruta madura, mentol, e no paladar taninos bem presentes, boa acidez e a respectiva fruta a mostrar-se de forma bem marcada. No entanto a prova deste vinho foi quanto a mim muito "prejudicada" pela anterior prova do Madeira, que com a sua extrema doçura retirou parte do prazer que este Vintage nos poderia ter proporcionado. Teremos de o provar mais tarde, sem duvida. "Last but not the least", um vinho fortificado espanhol, um Garvey, Gran Orden X, feito quase exclusvamente com uvas quase no estado de passas! Quase um "xarope", fantastica untuosidade, doçura extrema, com frutos secos e mel no palato. Um final quase "explosivo", praticamente em fogo de artifício. Uma obra de arte, pela exclusividade deste vinho, que tivemos o privilégio de provar.

Bom, e agora vamos para o 2º dia, com muitas sessões sobre assunto muito interessantes, à volta das novas ferramentas e a sua ligação com a industria do vinho. A não perder. Teremos mais notícias bem fresquinhas amanhã. Uma última palavra para a excelente organização da Catavino, principalmente da Gabriela Opaz, incansável mas extremamente cansada nesta altura!


Até breve!



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